MORRER POR MORRER


Morrer como uma tartaruga,
Quando essa morte nos embala,
Liberta o odor que nos conjuga,
Remói o pensamento que não fala,
Alimenta o deus que vai em fuga,
Vestido com roupa que se enxuga,
Deixando o medo pela sala,

E quando esse dia chegar,
Já não o iremos entreter,
Sem ninguém para amparar,
Com as vontades a sofrer,
E os louvores a celebrar,
Ou os padrões para manter.

Cá estaremos, pois,
Mais gente ou só os dois,