CAMINHO

A dor pode esperar, enfim uma vez,
À segunda não é a brincar,
O que dói quando chega a três,
E é tarde de mais para parar.

Passando a mais logo, onde tudo ficou,
Quebrada a demência do ser verdejante,
Tão verde era ele que a cor desbotou,
Mais verde pareceu quando se viu por diante.  

Deitadas ao mar as armas pesadas,
Consumidas as fichas do longo casino,
O jogador lembra as palavras caladas,
Seja assim o azar, seja assim o destino.